O QUE UMA JAZZ BAND TEM A VER COM UM CONSELHO CONSULTIVO?
- CELINT
- há 3 dias
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Por Wanderlei Passarella - Founder & Chairman no CELINT
Outro dia me encantei com uma jazz band, e fiquei pensativo ao redor do que a tornava tão única. Em minhas divagações, quase elocubrações, comecei a colocar seu modus operandi dentro de nosso universo empresarial. E não é que cheguei a uma conclusão interessante!!!
Imediatamente pensei em uma orquestra sinfônica. A orquestra é o máximo da gestão calculada. Todos os instrumentos são calibrados e tem seu tempo certo, marcado pelas partituras e pelo maestro. Nada acontece se não estiver programado e estudado. O ouvido apurado do condutor e seu conhecimento profundo do ritmo, cadência e sequência de notas musicais permite que este exerça um papel central no andamento da peça. Como são muitos músicos e instrumentos diferentes, a harmonia só é possível pela centralização, a hierarquia, onde o maestro é o CEO. A qualidade do resultado pode ser medida por critérios objetivos; os KPIs do processo musical!
Mas, e uma jazz band? Bem, há algo de improviso no andamento da apresentação. Uma determinada peça tem seus contornos definidos, mas os limites de atuação são muito mais amplos. Há poucos músicos e instrumentos musicais, e são mais livres para cadenciarem, cada um a sua vez, o que deverá ser o ponto principal. Assim, todos são CEOs, na sua vez. Algo mais holárquico. A qualidade final se mede pelo grau de entrosamento, algo intuitivo e mágico, quase não verbal, que pode ser produzido pelas características únicas e complementares dos participantes.
Quando penso em uma grande empresa, e em seu Conselho de Administração logo me vem a imagem da orquestra sinfônica. Tudo é mais detalhado e definido “by the book”. Mas, quando me concentro na atuação de um Conselho Consultivo em empresas médias ou médias/grandes, a imagem de uma jazz band me parece mais próxima do que de fato acontece.
Mas, ainda melhor, isso parece explicar o porquê que muitas empresas pequenas ou médias, quando montam seus Conselhos baseados em profissionais acostumados com grandes empresas e pouco preparados para compreenderem o universo mais caórdico e informal em que as primeiras atuam, não obtêm bons resultados. O maior choque ocorre quando querem implantar sistemas e processos que não são cabíveis e que não se coadunam com a cultura. O overload de controles e análises apenas retarda o espírito empreendedor e bloqueia a criatividade para a geração de valor!
Solução: precisamos de profissionais realmente muito bem preparados, para além do óbvio e capazes de virarem a chave, para atuarem nesse ambiente de Conselho Consultivo!
Faz sentido essa comparação? Que tal se aprofundar na dinâmica de uma jazz band?
Avante!
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